quinta-feira, 28 de junho de 2012
O Conselho de Assuntos Estudantis da Unifesp em reunião ordinária realizada no 25 de junho de 2012, aprovou:
- Não indicar membros para a Comissão de Sindicância nomeada pelo magnífico reitor da Unifesp através da Portaria 1421, de 18 de junho de 2012;
- Estabelecer o dia 25 de julho de 2012 como o prazo limite o para envio dos dados técnicos dos terrenos onde serão construídas as residências universitárias da Unifesp.
- Publicar o edital de concurso nacional de projetos de residências universitárias até o dia 15 de agosto de 2012 para os campi que atenderem o disposto no item 2.
São Paulo, 26 de junho de 2012
4. CONSTRUÇÃO DE MORADIAS ESTUDANTIS
O Conselho de Assuntos Estudantis aprovou em reunião realizada dia 28 de março a construção de moradias estudantis em todos os campi da universidade: o projeto prevê a entrega de 480 vagas em 2012 e mais 480 vagas em 2014:
1a etapa: Início em 03/2012 e término em 11/2012
Campus No. de vagas Valor
Baixada Santista 96 R$ 3.000.000,00
Diadema 64 R$ 2.000.000,00
Guarulhos 160 R$ 5.000.000,00
Osasco 32 R$ 1.000.000,00
São José dos Campos 64 R$ 2.000.000,00
São Paulo 64 R$ 2.000.000,00
Total 480 R$ 15.000.000,00
2a etapa: Início em 03/2014 e término em 11/2014
Campus No. de vagas Valor
Baixada Santista 96 R$ 3.000.000,00
Diadema 64 R$ 2.000.000,00
Guarulhos 160 R$ 5.000.000,00
Osasco 64 R$ 2.000.000,00
São José dos Campos 64 R$ 2.000.000,00
São Paulo 32 R$ 1.000.000,00
Total 480 R$ 15.000.000,00
Vagas Valor
Totais 960 R$ 30.000.000,00
As moradias, tão essenciais no processo de democratização do acesso e permanência na universidade, devem viabilizar a mobilidade estudantil e estarem também inseridas na comunidade, contribuindo para a melhoria do seu entorno.
Segunda versão da Minuta de PDI da PRAE para apreciação do CAE
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Carta para os restaurantes que vão fazer os convênios...
Prezado(a) proprietário(a),
No último dia 13/06,2012, um grupo de três estudantes e eu estivemos em seu comércio para conversarmos sobre a possibilidade de estabelecermos um convênio entre sua empresa e a Universidade Federal de São Paulo - Campus Diadema (Unifesp-Diadema), de modo a que o seu restaurante servisse refeições aos nossos estudantes. Na ocasião, explicamos que seria pago um valor de R$ 8,00 por refeição (sendo R$ 2,50 pago no instante da refeição pelo estudante e o restante pago pela Universidade a cada quinze dias). Esses valores estão mantidos.
Lembro-lhes que há 2800 estudantes em nosso Campus, mas não será necessário servir refeições a todos, posto que há outros restaurantes interessados na proposta.
Ainda na mesma conversa, uma vez manifestado seu interesse, fiquei de mandar-lhe o contrato para que pudesse analisar suas claúsulas. É o que faço agora (segue anexo).
Tão logo aceite as condições explicitadas no contrato, peço que entre em contato comigo para que possamos finalizar os trâmites para a assinatura do convênio. Eu o colocarei em contato com o setor administrativo da nossa Instituição.
Desde já, agradeço a atenção e espero que este seja o início de uma parceria profícua para ambas as partes.
Um abraço.
'Assim que tivermos os convênios assinados vamos postar uma lista de restaurantes' -Comando de Greve de Diadema
ATENÇÃO COMUNIDADE UNIFESP
Convidamos a todos para participarem do ato público a ser realizado pela Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp) e pela Associação dos Docentes da Ufabc (Adufabc):
Dia: 28/06/2012 (quinta-feira)
Horário: das 11h às 14h
Local: Avenida Paulista – em frente ao Banco Central
* concentração no vão livre do MASP
Contando com a participação de todos.
Adunifesp-SSind.
Adufabc-SSind.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Ata da assembleia 20/6
Ata
Diadema 20 de junho
de 2012
Professor Raul responsável
por representar os professores em greve da Unifesp, deu inicio a assembleia
citando a pauta da assembleia anterior, plano de carreira em três níveis, a
valorização do professor, plano de carreira. Citou as remarcações das reuniões
que deveriam ter acontecido com o governo, a mídia que insiste que o motivo da
greve seria o salário e não o plano de carreira. Comparou as pautas, unificada
e a dos estudantes de Diadema, que não há diferenças, problemas de infraestrutura,
moradia além de outros e que todos os campis possuem seus problemas por isso a
pauta unificada, o que as difere são as gravidades. Essa é a greve dos alunos,
a dos professores limita-se mais plano de carreira. Deve se priorizar na pauta
as urgências. Citou que a burocracia é um dos empecilhos para a conclusão de
projetos de melhorias nas Universidades, priorizou a necessidade de
moradias, mas que isso levaria mais de
três anos para ser concluído. Preparar-se para a discussão nos atos não para o
confronto, evitar a violência, como no caso de Guarulhos. Aumentar a cobrança
da diretoria sem chegar a violência, por existir formas de resolver esses
problemas. Katia Konzelis integrante do comitê de greve dos alunos responde a
aluna (?) referente à questão da aparente falta de participação da diretoria
acadêmica feita ao Professor Raul, deixando claro que a Professora e diretora
Virginia está a disposição dos alunos quando for necessário. Professor segue o
discurso discutindo sobre o ato e a reunião no dia 21 de junho. (Katia concerta
isso) O aluno de vermelho da mesa do comitê de greve sita o blog da greve para
que todos se informem sobre a agenda e participação tanto da diretoria,
docentes e discentes. Citou a imagem que está se formando dos alunos como
depredadores dos prédios, da Universidade. – Opinião do aluno da mesa. João
começa a dar o informe da Consu sobre a assembleia que ouve em Guarulhos que
logo após ouve a manifestação que acabou em conflito com a policia. A diretoria
abriu uma sindicância para averiguar os fatos sobre o que aconteceu. Citou o
estatuto da Unifesp, a posição do
pró-reitor no talvez abandonar o cargo. Citou a posição contra do mesmo contra
a má imagem dos estudantes que está sendo formada como mostrado na mídia, a
policia deveria ter sido chamada apenas em ultimo recurso. Reforçou a criação
de uma sindicância para apurar os verdadeiros fatos. Citou que o PRAE é o único que realmente
dialoga com os alunos. A reunião está gravada e disponível no site da Unifesp. Felipe
aluno da licenciatura, informa sobre o histórico da greve de Guarulhos.
Guarulhos está em greve há 91 dias. A ocupação da diretoria foi decidida a
partir da terceira assembleia e a elaboração de um inventário sobre o espaço.
Ouve a primeira reintegração de posse organizada pela PRAE e uma reintegração
de posse pacifica. A segunda ocupação não só da reitoria, mas do campus
inteiro. Ouve apenas duas ocupações não três como a mídia expõe. A ocupação não
foi só dos alunos, mas também da comunidade e foi a comunidade que derrubou o muro
do campi de Guarulhos, apenas uma parte do muro. A comunidade passou a
participar do campus a usa-lo. Foram realizados oficinas para a comunidade. A
quinze dias foi quando ocorreu a assembleia e a segunda reintegração de posse
com a presença da tropa de choque, com violência passando por cima de uma norma
da universidade em que apenas policiais federais poderiam entrar na
universidade. Felipe continuou explicando
o conflito e a assembleia geral inter campi. A própria diretoria do
campus após o auto cárcere dentro da reitoria ligou a policia para reprimir os
estudantes. Sendo 23 estudantes detidos. Abre-se espaço para as perguntas.
Discente do curso de Licenciatura em ciências César Augusto pergunta sobre a
pauta unificada e sobre uma votação de no caso a greve dos professores acabarem
se os alunos continuaram a greve. Caso a greve dos professores acabe será
convocado no caso de 48 horas uma assembleia
entre os alunos para votar a favor da continuidade da greve dos
discentes. Esclarecimento sobre os professores se irão ou não prejudicar algum
aluno caso a greve dos docentes termine e os discentes continuem. Felipe chama
a participação de todos os alunos para participar da greve não apenas do
comitê. Aluna Camila reforça para que todos os discentes que estão participando
estão mobilizem os que não participam ativamente das assembleias. Discente
Arthur reforça, insistindo também na participação dos C.As. Luan do comitê
citou e reforçou a falta de participação dos alunos comparando a UFABC. Faz se
a sugestão de uma reunião ao sábado a noite, após a reclamação de aluno do
noturno sobre os horários. João Militão da continuidade a discussão lembrando
que são os estudantes que apontam ao comitê o que se deve fazer, e sobre a
questão do facebook que muitos apontam a greve, mas poucos participam
efetivamente nas assembleias. Lembrando que não acontece apenas na Unifesp
Diadema, mas todas as Universidades Federais. Aluna segue reclama das votações
no facebook que nem todos podem participar. Formou uma votação para a próxima
assembleia acontecer a noite às 19 horas. Também foi dado a opção de duas
assembleias que foi negada. Última pauta
que foi dada pelo discente Hugo que também participa do comitê de greve,
começou citando a posição da diretoria Virginia que primeiramente era contra,
mas que tentou ir atrás do terreno mesmo assim, foi negado por ser época de
eleição. Ano de eleição não haverá desapropriação de terreno para o uso dos
alunos. Professor José Alves responsável pelo NAE indicou um terreno no
Jabaquara que poderia ser usado e também a integração entre os alunos dos campi
São Paulo e Diadema. Caso não consigam a última opção seria a desapropriação
feita pelo MEC do terreno em Diadema próxima ao terminal. Hugo prosseguiu levando
o assunto sobre a água no CONFORJA teria um acordo de trazer os galões ao
campus inicialmente de 60 galões que foram esgotados na primeira semana. Foi
pedido mais galões e mais filtros como uma medida que posso ajudar a evitar o
desperdício. Pelo menos até a chegada
dos cavaletes. Internet foi aberta a licitação e quem ganhou foi a interligue
que não é boa, sendo um problema da interligue alguns dias funcionam outras
não. As Cotas de impressão só serão resolvidas quando o problema com a internet
for resolvido. Biblioteca não tem solução até a saída do CONFORJA II. Tentar
solucionar com a Norma uma forma de resolver este problema. A PRAE
disponibilizou uma forma que os alunos pudessem trabalhar na biblioteca, mas a
responsável negou. Foi sugerido que houvesse uma reunião com a Norma.
Restaurante Universitário está aberto, porém só pode comprar os tickets apenas
na quinta feira em determinado horário. O horário de uso para alunos é a partir
da 12:30 horas as 14 horas e das 18 horas as 19 horas. Também foi discutido o
convenio com restaurantes como ocorre em Santos. O aluno paga R$2,50 e o PRAE o
restante. Quanto a disponibilidade de mais horários para vendas dos tickets não
há como vender em outros dias pela responsabilidade com o dinheiro. CONFORJAII
já está em projeto ainda não foi aberto licitação. Falta à empresa mostrar o
orçamento e abrir a licitação. O espaço de convivência talvez em quatro meses. Transporte
à noite tentar conseguir mais horários. Precisa que os interessados se
mobilizem. Mas será proposto mais um horário no noturno às 21 horas. Larissa
[?] da informe sobre intervenção na manifestação em dança com participantes de
todas as universidades, é aberto e acontece na UFABC. Felipe Alencar faz outro
convite de uma Assembleia em Santos.
Katia informa o calendário.
Bárbara Camargo Dias
Licenciatura
Plena em Ciências e Matemática
artigo folha
Ponderado e corajoso....a verdade que da vontade de chorar...
'O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.'
KARDEC
HENRY BURNETT
TENDÊNCIAS/DEBATES
O erro de diagnóstico da Unifesp
A expansão foi populista. Para os médicos, somos só intrusos. O campus Guarulhos, que nos dá vergonha, é desprezado. A consequência está nos jornais
Em 17 de agosto de 2006, uma excursão saiu de São Paulo em direção ao novo campus Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Éramos 30 professores.
Nem todos haviam tomado posse -eu mesmo só assinaria os papéis em outubro. Mas todos tinham sido aprovados em um concurso público muito concorrido. Parecíamos adolescentes na primeira viagem sem os pais. O clima era de festa, euforia e talvez um pouco de nervosismo.
Nunca esqueci a chegada ao campus: a visão dos monturos de aterro, dos tratores e do descampado não foi digna da ideia do que nós conhecíamos de um campus universitário. Eu me formei em dois: Universidade Federal do Pará e Unicamp. Diferentes, mas dignos do nome de campus. O incômodo era nítido, muitos não disfarçaram as impressões da primeira ida ao bairro dos Pimentas.
Não reproduzo a versão oficial (da Unifesp, MEC ou governo do PT) sobre a razão da escolha daquele lugar (ou falta dela), que desconheço. Sei apenas que era um acordo entre a prefeitura petista de Guarulhos e a reitoria. Tudo com verba do Reuni, programa de apoio a planos de expansão das universidades federais.
Hoje vejo que a tosca decisão pelo local foi política. Não havia um projeto acadêmico, se muito um projeto político-partidário populista.
O projeto acadêmico de expansão da Unifesp para as humanidades éramos nós, professores, alunos e funcionários, que deveríamos ter percebido isso há mais tempo e tomado as rédeas de nosso destino. Lamentavelmente não fizemos isso.
As consequências, incluindo a prisão de alunos, estão em todos os jornais nas últimas semanas, ainda que de modo parcial e irresponsável.
Nos primeiros contatos que tive com os colegas médicos (para quem não sabe, a Unifesp era exclusivamente médica), nunca recebi uma acolhida minimamente gentil. Sempre senti que éramos invasores de um espaço tradicional e intocável.
Mesmo que, para nós, trabalhar numa universidade de ponta em São Paulo fosse uma chance única, as conversas deixavam sempre a impressão de que a Escola Paulista de Medicina era um templo inviolável, que não passávamos de intrusos.
Isso teve momentos oficiais, como numa recepção para nós, quando um eminente médico iniciou a sessão dizendo que precisávamos saber logo que eles, médicos, tinham grande soberba, e que deveríamos aceitar isso desde o início.
Cheguei a pensar que fosse uma brincadeira, dessas que colegas fazem com outros nas empresas, um trote profissional. Ledo engano. A frase mostraria que a Unifesp não fez a menor questão de assimilar a dinâmica de trabalho dos pesquisadores das novas áreas.
Existiram casos até casos cômicos: tentei cadastrar o "1° Simpósio de Teoria Crítica da Unifesp". Ouvi: "Tão novo na Unifesp, o senhor não acha estranho organizar um evento para criticar a nossa universidade?". O evento teve de ser rebatizado: "1° Simpósio Unifesp de Teoria Crítica".
O campus Guarulhos foi tratado nesses seis anos com um constrangedor desprezo pela cúpula da Unifesp. Segue abandonado, como o conheci em 2006. Há agora apenas um novo prédio de aulas batizado apropriadamente pelos alunos de "puxadinho" e um galpão de madeira precário com o bandejão.
No campus, até recentemente invisível para a reitoria e a imprensa, hoje há seis graduações e quatro mestrados. Fruto de um trabalho docente resignado, mas consciente de sua tarefa. Em condições ideais, talvez irradiássemos algo para o entorno. Hoje a maioria sai da aula pensando em como enfrentar a Dutra.
Apesar de uma verba de milhões, até onde sabemos liberada há anos, o novo prédio nunca passa de uma maquete branquinha que adorna a entrada -sempre supostos entraves burocráticos barrando as licitações.
Quando saio do Estado, colegas de outras instituições me tratam com muito respeito.
Demorei a entender. Para meu desgosto, vim a saber que isso era fruto da ideia de que éramos privilegiados por trabalhar na Unifesp, "centro de excelência". E eu invejando seus campi arborizados onde tudo funciona, até a internet...
Na minha sala, há três caixas de livros, parte de uma doação dos professores Paulo e Otília Arantes. Não temos onde colocar. Estavam ameaçados por goteiras. Dividimos o acervo nas nossas salas, sem esperança. Meu sentimento maior é vergonha.
Sempre argumentam que o campus tem uma missão: levar "civilização" para a região. Cercados pela periferia, com frequência discutimos como melhorar o transporte público para atender alunos e moradores.
Mas tomar o lugar do Estado é a função da universidade?
Confesso que me sinto egoísta, mas creio que não. Nossa função deveria ser educar, algo que parece fazer pouco sentido com a intolerância que hoje domina o campus.
Alunos e professores em lados opostos, como inimigos num front onde, fora os intolerantes, todos têm razão. Um entrave coletivo que semana a semana piora, de modo descontrolado.
Uma ferida que não sei se vai cicatrizar.
Quem sou eu para ensinar aos médicos como fazer prognósticos, mas tenho certeza que eles sabem as consequências de um diagnóstico tardio.
HENRY BURNETT, 40, doutor em filosofia pela Unicamp, é professor do campus de Guarulhos da Unifesp
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
quarta-feira, 20 de junho de 2012
https://www.youtube.com/watch?v=MuTAyOCt90E&feature=player_embedded#!
Senador faz pronunciamento pedindo a valorização dos professores do Amapá e do Brasil e critica criminalização do movimento grevista. Segundo Randolfe a luta não é apenas por melhores salários, mas por melhores condições na educação do país.
Senador faz pronunciamento pedindo a valorização dos professores do Amapá e do Brasil e critica criminalização do movimento grevista. Segundo Randolfe a luta não é apenas por melhores salários, mas por melhores condições na educação do país.
NOTA PÚBLICA SOBRE A PM NAS UNIVERSIDADES:
o episódio na UNIFESP.
Os abaixo-assinados, professores de distintas universidades brasileiras, estão convencidos de que é inaceitável a utilização da Polícia Militar para resolver conflitos internos à comunidade acadêmica. Os recentes episódios configurados pelas prisões arbitrárias e violências físicas contra estudantes e funcionários em universidades brasileiras são fatos intoleráveis que devem ser repudiados e denunciados pela consciência democrática.
Ao tomarmos conhecimento da violenta ação repressiva da PM paulista contra vários estudantes da Universidade Federal de São Paulo, campus Guarulhos, no dia 14 de junho, não podemos senão manifestar nossa inteira concordância com a NOTA PÚBLICA da PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS dessa universidade. Os termos da digna e ponderada NOTA são os seguintes:
“Frente à ação policial ocorrida no campus Guarulhos da Unifesp no dia 14 de junho de 2012, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) manifesta a toda comunidade acadêmica e a toda sociedade o veemente repúdio à opção de tratar as questões universitárias, por mais complexas e controversas, por meio da violência. Ressaltamos que são valores da PRAE o compromisso com a democracia e o respeito à diversidade intelectual, cultural, social e política".
Signatários:
Adma MUHANA, USP
Adrián GONZÁLES, USP
Álvaro CROSTA, Unicamp
Arley MORENO, Unicamp
Beatriz RAPOSO, USP
Caio N. de TOLEDO, Unicamp
Cilaine Alves CUNHA, USP
Cristiane GOTTSCHALK,
Edmundo DIAS, Unicamp
Francisco ALAMBERT, USP
Heloisa FERNANDES, USP
Hector BENOIT, Unicamp
Iná CAMARGO, USP
Jorge Luiz SOUTO MAIOR, USP
Jorge MIGLIOLI, Unicamp
Fernando LOURENÇO, Unicamp
Isabel LOUREIRO, Unicamp
Leda PAULANI, USP
Lincoln SECCO, USP
Lúcio Flávio ALMEIDA, PUC-SP
Luiz MARTINS, USP
Marcos SILVA, USP
Marcos Barbosa de OLIVEIRA, USP
Maria Victoria BENEVIDES, USP
Margareth RAGO, Unicamp
Marly VIANNA, USO
Milton PINHEIRO, UNEB/ICP
Osvaldo COGGIOLA, USP
Patrícia TRÓPIA, UFU
Paulo CENTODUCATTE, Unicamp
Plínio Arruda SAMPAIO JR., Unicamp
Ricardo ANTUNES, Unicamp
Ruy BRAGA, USP
Sérgio SILVA, Unicamp
Sofia MANZANO, USJ
Valério ARCARY, CEFET-SP
Virgínia FONTES, UFF
Vladimir SAFLATE, USP
o episódio na UNIFESP.
Os abaixo-assinados, professores de distintas universidades brasileiras, estão convencidos de que é inaceitável a utilização da Polícia Militar para resolver conflitos internos à comunidade acadêmica. Os recentes episódios configurados pelas prisões arbitrárias e violências físicas contra estudantes e funcionários em universidades brasileiras são fatos intoleráveis que devem ser repudiados e denunciados pela consciência democrática.
Ao tomarmos conhecimento da violenta ação repressiva da PM paulista contra vários estudantes da Universidade Federal de São Paulo, campus Guarulhos, no dia 14 de junho, não podemos senão manifestar nossa inteira concordância com a NOTA PÚBLICA da PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS dessa universidade. Os termos da digna e ponderada NOTA são os seguintes:
“Frente à ação policial ocorrida no campus Guarulhos da Unifesp no dia 14 de junho de 2012, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) manifesta a toda comunidade acadêmica e a toda sociedade o veemente repúdio à opção de tratar as questões universitárias, por mais complexas e controversas, por meio da violência. Ressaltamos que são valores da PRAE o compromisso com a democracia e o respeito à diversidade intelectual, cultural, social e política".
Signatários:
Adma MUHANA, USP
Adrián GONZÁLES, USP
Álvaro CROSTA, Unicamp
Arley MORENO, Unicamp
Beatriz RAPOSO, USP
Caio N. de TOLEDO, Unicamp
Cilaine Alves CUNHA, USP
Cristiane GOTTSCHALK,
Edmundo DIAS, Unicamp
Francisco ALAMBERT, USP
Heloisa FERNANDES, USP
Hector BENOIT, Unicamp
Iná CAMARGO, USP
Jorge Luiz SOUTO MAIOR, USP
Jorge MIGLIOLI, Unicamp
Fernando LOURENÇO, Unicamp
Isabel LOUREIRO, Unicamp
Leda PAULANI, USP
Lincoln SECCO, USP
Lúcio Flávio ALMEIDA, PUC-SP
Luiz MARTINS, USP
Marcos SILVA, USP
Marcos Barbosa de OLIVEIRA, USP
Maria Victoria BENEVIDES, USP
Margareth RAGO, Unicamp
Marly VIANNA, USO
Milton PINHEIRO, UNEB/ICP
Osvaldo COGGIOLA, USP
Patrícia TRÓPIA, UFU
Paulo CENTODUCATTE, Unicamp
Plínio Arruda SAMPAIO JR., Unicamp
Ricardo ANTUNES, Unicamp
Ruy BRAGA, USP
Sérgio SILVA, Unicamp
Sofia MANZANO, USJ
Valério ARCARY, CEFET-SP
Virgínia FONTES, UFF
Vladimir SAFLATE, USP
terça-feira, 19 de junho de 2012
SÍNTESE DAS REIVINDICAÇÕES DOS
ESTUDANTES DA UNIFESP E POSICIONAMENTO DOS PROFESSORES
|
||||
Natureza da reivindicação DOS
ESTUDANTES
|
Detalhamento
|
Órgãos responsáveis
|
Soluções potenciais
|
Posição dos Docentes
|
Infraestrutura
|
-
prédios,
-rachaduras,
-
falta de salas e auditórios,
-
acessibilidade
-
rede elétrica mal dimensionada
-
gerador de emergência
-
itens de segurança (escada de incêndio etc.)
-
biblioteca (ampliação, acervo, espaço e horários)
|
-
REITORIA
-
DIRETORIA ACADÊMICA
|
-
licitação e execução
|
Ok
|
Manutenção
|
-água
-lâmpadas
-papel
higiênico
-
fiação elétrica exposta
-
recursos audiovisuais
-
laboratórios danificados
-
trincos das portas
-
janelas quebradas
-
forro de gesso danificado
|
-
DIRETORIA ACADÊMICA
|
-
alunos listaram e fotografaram os locais danificados.
- possuem lista com os itens a serem
comprados e reformados
|
Ok
|
Recursos humanos
|
Contratação
de:
-
professores
-
técnicos (administrativos e educacionais)
|
-
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO
-
RH
-
CONGREGAÇÃO
|
-
depende de aprovação do PL
|
Ok
|
Aumento
de pessoal de:
-
segurança
-
limpeza
|
-
DIRETORIA ACADÊMICA
|
|
Ok
|
|
Acesso e permanência
|
-
moradia estudantil
-
transporte (público e da Unifesp entre as unidades, horários etc.)
-
restaurante universitário
-creche
|
-
PRAE
-
DIRETORIA ACADÊMICA
|
-
Secretarias municipais de transporte e habitação
-
Diretoria acadêmica
|
Ok
|
Alterações no estatuto
|
-
aumento da representatividade nos conselhos
-
alteração de matriz curricular
(em
Osasco isso está ruim, matérias encavaladas)
-
avaliação docente
|
-
CONSU
-
CONGREGAÇÕES
-COMISSÕES
DE CURSO
|
|
NEGOCIAÇÃO
|
Não retaliação da greve atual
|
-mecanismos
acadêmicos e administrativos
|
-
PRAE
-COMISSÕES
DE CURSO
|
-
Medidas educativas e disciplinares
|
NEGOCIAÇÃO
|
Policia
dentro dos campi
|
-
PRAE
-
DIRETORIA ACADÊMICA
|
ok
|
||
Outros
|
-
permissão para comércio de bebida alcoólica
-
(retirar a terceirização de serviços)
|
-
Leis federais e estaduais regulam essa ações.
|
|
NÃO
|
Pontos acordados entre Comando Local de Greve dos Docentes,
Comando Unificado de Greve dos Alunos e Comando de Greve dos Técnicos
Administrativos em Educação na primeira reunião em 19/04/2012:
A elaboração de uma síntese das pautas não esgota todas as
demandas, cada categoria mantém autonomia para negociar a plenitude de suas
reivindicações
Propor uma mesa de
negociação com a pauta comum com todos os diretores de campus, reitoria
Mesa de negociação com as prefeituras
Moção de apoio aos Técnicos, a favor do direito de greve e
contra qualquer assédio moral
Apoio à carta dos docentes de Guarulhos pedindo ao reitor
que não tome nenhuma medida até que ocorra uma audiência pública com três
setores (docentes, estudantes e técnicos administrativos educacionais) em
Guarulhos
Criar um fórum permanente entre os três setores mesmo após a
greve – uma das primeiras iniciativas desse fórum seria organizar um congresso
da Unifesp
Apresentar no Consu nosso apoio à carta de Guarulhos
Indicativo de organização de uma assembleia conjunta (a ser
levado para as assembleias das categorias)
domingo, 17 de junho de 2012
Assembleia 4
Sociedade
Marcelo Pellegrini
55 instituições paralisadas
15.06.2012 10:53
Reuni e falta de diálogo com o governo são os principais motivos da greve das universidades federais
No domingo 17, a greve das universidades federais completará um mês. Iniciada com a adesão de 33 instituições, hoje, o movimento já conta com o apoio de 55 universidades e institutos e incomoda o governo.
As reivindicações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) são antigas e giram em torno de uma reestruturação do plano de carreira dos docentes e melhores condições de trabalho. Ignorada por quase dois anos, a Andes culpa o governo pelas complicações nos calendários de aula das universidades federais. “Estamos buscando uma conversa sobre a reestruturação de carreira desde agosto de 2010 e até agora não temos nada de concreto do governo”, relata a presidente da Andes, Marina Barbosa.
O governo, por meio do Ministério do Planejamento, realizou uma reunião com o sindicato no dia 12, na qual pediu uma ‘trégua’ de vinte dias para o movimento grevista e prometeu apresentar uma proposta sobre o plano de carreira dos docentes, que ocorrerá em reunião nesta terça-feira 19.
No entanto, a trégua não foi aceita. “O combinado era o sindicato ter essa proposta no dia 28 de abril, mas no dia o governo pediu o adiamento para o dia 12 de junho, para depois pedir uma trégua de vinte dias”, questiona a presidente Barbosa. “Já houve várias tréguas, as negociações já duram quase dois anos”, completa.
Leia também:
Governo vacila nas negociações e 51 universidades estão em greve
Educação: Na rua dos bobos, número 0
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Educação: Na rua dos bobos, número 0
A expectativa para a reunião de terça-feira 19 é a de que o governo cumpra com o que disse. Após a apresentação da proposta o sindicato dos docentes se reunirá para decidir se aceita a oferta do governo, pondo fim a uma das maiores greves do ensino superior público brasileiro.
Improviso impera nas novas instituições federais
A gênese das más condições de trabalho está no que deveria ser a solução para décadas de estagnação da rede federal de ensino superior público: o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Instituído em 2007, o programa federal criou 132 novos campi e 14 novas universidades. Apenas entre 2005 e 2009, o número de matrículas nas federais aumentou 30%. Do total de obras do Reuni, 55,5% já foram concluídas, enquanto 34,3% estão em execução e 4,9% em fase de licitação.
Entre as obras em execução, 90 enfrentam problemas – quebra de contrato com as empresas, abandono de canteiros de obras e outras razões. O campus de Guarulhos da Unifesp, na grande São Paulo, é um desses casos.
Nele, a reportagem de CartaCapital checou a carência de laboratórios de informática, ausência de restaurante e moradia universitária e superlotação de salas para os alunos estudar. Devido à falta de espaço, a universidade improvisou um acordo com a prefeitura do município para que algumas aulas fossem transferidas para o CEU-Pimentas, espaço destinado ao lazer, vizinho ao campus.
A assessoria de comunicação do Ministério da Educação (MEC) disse à reportagem que o dinheiro foi liberado e que a culpa pela obra ainda estar em fase licitatória é da reitoria e da direção do campus. A assessoria também disse que o MEC monitora os problemas das reitorias e presta assessoria técnica.
“Notamos que ensino superior federal foi expandido nas propagandas, mas não assegurado na condição real”, avalia Marina Barbosa. Segundo ela, a falta de infraestrutura mínima para os alunos é algo que inviabiliza, muitas vezes, a continuidade dos estudos. “Não adianta fazer discurso de que vai colocar filhos da classe trabalhadora e da classe média na universidade, sem dar condições para o aluno se sustentar estudando”, dispara em tom de crítica.
Além disso, de acordo com a presidente da Andes, os recursos do Reuni só chegam até as universidades federais caso metas, como número de alunos por curso, sejam cumpridas. “Por causa disso, aulas são dadas em galpões e conteneirs”, conta.
Professor com prazo de validade
Outra reclamação diz respeito à forma e contratação de professores. Segundo dados da Andes, as universidades federais brasileiras possuem cerca de 6 mil professores temporários. Este tipo de contração, geralmente, tem duração de um ano e não pode ser renovado. “Como um professor pode realizar alguma produção nas áreas de ensino, pesquisa ou extensão em tão curto espaço de tempo? É inviável”, afirma a presidente Marina Barbosa.
Para solucionar o problema, o Congresso Nacional aprovou a liberação de 77 mil cargos em federais, sendo que quase 20 mil cargos serão voltados para o Ensino Superior. O Ministério do Planejamento informou que fará a liberação das vagas a partir do segundo semestre de 2012. Contudo, sob o ponto de vista da Andes as contratações não dão conta da demandas por docentes. “A liberação é importante, mas não resolve a demanda”, diz.
Além disso, a presidente da Andes também defende que a distribuição dos novos professores ocorra de acordo com as demandas das instituições e não com as metas estabelecidas pelo governo.
“Os recursos devem deixar de ser atrelados a metas. A discussão precisa ser coletiva entre as instituições e o governo deve buscar mais recursos para a educação.” A votação sobre o percentual do PIB destinado à educação foi adiada pela Câmara para o dia 26, mas o governo trabalha para aprovar 8%. “O governo não defende os 10% do PIB para a educação, como queremos. Isso demonstra que a educação não é uma questão de prioridade”, conclui.
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